Seletividade do herbicida saflufenacil em diferentes períodos de pré-semeadura na cultura da soja (Glycine max (L.) Merr.)

Autores

  • Ronei Ben Agrônomo de Desenvolvimento de Mercado, Sumitomo
  • Ana Karine de Aquino Nunes Ben Coordenadora de Projetos Solo Norte Pesquisa e Desenvolvimento
  • Renan Fonseca Nascentes Pesquisador, Renove Agrpesquisa https://orcid.org/0000-0003-1783-2826
  • Plinio Saulo Simões Pesquisador, Renove Agrpesquisa,
  • Caio Antonio Carbonari Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu. https://orcid.org/0000-0002-0383-2529
  • Edivaldo Domingues Velini Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu

DOI:

https://doi.org/10.14808/sci.plena.2025.070204

Palavras-chave:

Glycine max, protox, produtividade

Resumo

O controle químico com herbicidas é uma estratégia fundamental no manejo de plantas daninhas, sendo a seletividade um fator determinante para a eficácia e segurança das culturas. Este estudo teve como objetivo avaliar a seletividade de misturas contendo glyphosate e saflufenacil em duas cultivares de soja RR: BG 4377 RR e TMG 132 RR. O experimento foi conduzido em campo, em delineamento em blocos casualizados, com quatro repetições e esquema fatorial 14 × 2, envolvendo 14 tratamentos com diferentes combinações de glyphosate (1080 g e.a. ha⁻¹) e saflufenacil (35 e 49 g i.a. ha⁻¹), aplicados em quatro épocas: 0, 7, 14 e 21 dias antes da semeadura (DAS). As aplicações foram realizadas com pulverizador costal sob condições climáticas adequadas. As variáveis avaliadas foram: estande, altura de plantas, fitotoxicidade, número de vagens e grãos por planta, massa de mil sementes e produtividade. Os resultados indicam que a época de aplicação foi crucial para o desempenho agronômico: aplicações em 0 DAS com 49 g i.a. ha⁻¹ de saflufenacil causaram maior fitotoxicidade e redução no estande, altura, vagens e massa de mil grãos. Já aplicações entre 14 e 21 DAS, com 35 g i.a. ha⁻¹, reduziram os efeitos tóxicos e melhoraram o desenvolvimento e a produtividade. A cultivar TMG 132 RR foi mais tolerante, enquanto a BG 4377 RR teve melhor crescimento e rendimento com glyphosate isolado. Portanto, escolher a época certa de aplicação, junto à cultivar adequada, é essencial para otimizar o manejo de plantas daninhas e garantir alta produtividade.

Biografia do Autor

Ronei Ben , Agrônomo de Desenvolvimento de Mercado, Sumitomo

Mestrado em Agronomia-Agricultura, pela Faculdade de Ciências Agronômicas, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Campus de Botucatu.Graduado em Engenharia Agronômica pela Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, campus Tangará da Serra. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em manuseio de agrotóxicos e matologia.

Ana Karine de Aquino Nunes Ben, Coordenadora de Projetos Solo Norte Pesquisa e Desenvolvimento

Possui graduação em Agronomia pela Universidade do Estado de Mato Grosso (2013). Tem experiência na área de plantas daninhas, atuando principalmente nos seguintes temas: mobilidade, controle, textura, lâmina d' água e bioindicador. Foi aluna especial no mestrado na Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho na pós de Ciência Florestal.

Renan Fonseca Nascentes, Pesquisador, Renove Agrpesquisa

Possuo formação em Engenharia Agronômica pelo Centro Universitário de Patos de Minas (2012) e conquistei o título de Mestre em Agronomia-Agricultura pela Universidade Estadual Paulista UNESP/Botucatu (2016). Mais tarde, obtive o grau de Doutor no Programa de Pós-Graduação em Agronomia, com foco em Proteção de Plantas, na mesma instituição. Minha trajetória profissional é marcada pela minha dedicação à compreensão de plantas daninhas, desenvolvimento de métodos de controle, manejo de culturas de grande extensão e realização de experimentos agrícolas. 

Plinio Saulo Simões, Pesquisador, Renove Agrpesquisa,

Graduação em Agronomia (2012). Doutorado e Mestrado em Agronomia- Agricultura (2018/ 2015). Participação por 8 meses como pesquisador visitante no Everglades Research Education Center (EREC) pertencente a Universidade da Florida, Belle Glade/FL, Estados unidos. Atualmente é Pesquisador na Renove AgroPesquisa. Tem como principais áreas de atuação: controle químico de plantas daninhas, seletividade de herbicidas, comportamento de herbicidas no ambiente, tecnologia de aplicação, desenvolvimento de produtos NA (Ferrovias e Rodovias) e desenvolvimento de tecnologias alternativas para controle de plantas em ambientes aquáticos. É consultor/palestrante na área florestal ministrando treinamentos voltados ao controle de plantas daninhas e tecnologia de aplicação.

Caio Antonio Carbonari, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu.

Possui Graduação em Agronomia (2004), Mestrado em Agronomia / Proteção de Plantas (2007), Doutorado em Agronomia / Proteção de Plantas (2009) e Livre-Docência (2017) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Desenvolveu Pós-doutorado na UNESP (2011) e no Natural Products Utilization Research Unit - NPURU/ USDA - EUA (2015). É Professor Titular do Departamento de Proteção de Plantas da Faculdade de Ciências Agronômicas da UNESP sendo responsável pelas disciplinas da área de Plantas Daninhas e Métodos de Controle para os cursos de graduação em Agronomia e Engenharia Florestal e de Pós-graduação em Agronomia - Agricultura e Proteção de Plantas. É membro da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas (SBCPD) desde 2002 e foi Vice-Presidente da SBCPD durante duas gestões (biênios 2019-2020 e 2021-2022). Também foi Diretor Presidente da Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais (FEPAF) de 2017 a 2020 e atualmente é Vice-Diretor da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA-UNESP) e membro Conselho Científico Agro Sustentável (CCAS).

Edivaldo Domingues Velini, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agronômicas de Botucatu

Graduou-se em Engenharia Agronômica pela FCAV / UNESP em 1983. Obteve os títulos de mestre e doutor no programa de Produção Vegetal também pela FCAV / UNESP em 1989 e 1995. A dissertação e tese foram desenvolvidas nos temas matointerferência e métodos experimentais, respectivamente. Especializou-se em análise de resíduos de defensivos pela Japan International Cooperation Agency - JICA - Japão, em 1988. Pós-doutorou-se no tema alelopatia em 1995 pelo Japan International Research Center for Agricultural Sciences - JIRCAS - Japão. Com apoio da Fapesp, realizou estágio de pós-doutorado no Natural Products Utilization Research Unit - NPURU - USDA em Oxford MIssisipi em 2007/2008 em controle de rotas metabólicas tendo desenvolvido projeto específico no controle da síntese de lignina. É professor da FCA / UNESP - Botucatu desde 1985 atuando na área de Plantas Daninhas e Métodos de Controle. É Professor Titular desde 2014. Junto à FEPAF - Fundação de Estudos e Pesquisas Agrícolas e Florestais foi diretor de 1996 a 2000, Diretor Presidente 2002-2008 e Presidente do Conselho de Curadores, de 2009 a 2013. Diretor da FCA / UNESP - Botucatu de 2009-2013, tendo como principal ação a proposição em 2009 e aprovação em 2011 do Curso de Graduação em Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia. Diretor presidente da FUNDUNESP - Fundação para o desenvolvimento da UNESP de 01/2013 a 01/2017. Foi um dos instituidores da Prospecta - Incubadora Tecnológica de Botucatu e do Parque Tecnológico Botucatu, que tem como ênfase: Biotecnologia e Bioprocessos. Foi nomeado presidente da CTNBio - Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, para o período de 04 de 2014 a 04 de 2018. Atua na área de Plantas Daninhas e Métodos de Controle tendo como principais linhas de pesquisa: manejo integrado de plantas daninhas em áreas agrícolas e não agrícolas; monitoramento e manejo de plantas aquáticas; desenvolvimento de métodos experimentais e amostrais; estudo da dinâmica de herbicidas no ambiente e nas plantas; racionalização do uso e redução dos riscos associados aos herbicidas; alelopatia. Atualmente é o Presidente da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas. 

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Publicado

2025-08-21

Como Citar

Ben , R., Karine de Aquino Nunes Ben, A., Fonseca Nascentes, R., Saulo Simões, P., Antonio Carbonari, C., & Domingues Velini, E. (2025). Seletividade do herbicida saflufenacil em diferentes períodos de pré-semeadura na cultura da soja (Glycine max (L.) Merr.). Scientia Plena, 21(7). https://doi.org/10.14808/sci.plena.2025.070204

Edição

Seção

Artigos