Mapeando a biodiversidade urbana: contribuições da ciência cidadã para o monitoramento da preguiça-comum Bradypus variegatus Schinz, 1825
DOI:
https://doi.org/10.14808/sci.plena.2025.092401Palavras-chave:
ecologia urbana, metodologia participativa, uso do soloResumo
A urbanização impacta negativamente a biodiversidade, tornando essencial a compreensão dos padrões de ocorrência de espécies em áreas verdes urbanas. A ciência cidadã tem se mostrado uma ferramenta valiosa nesse contexto, como evidenciado pelos registros da preguiça-comum (Bradypus variegatus) no município de João Pessoa–PB. Este estudo utilizou dados do iNaturalist, de 2002 a 2024, para analisar a distribuição temporal e espacial da biodiversidade e da preguiça-comum, bem como a ocupação do solo. Mapas de densidade com estimativas de Kernel foram gerados, enquanto as tendências temporais foram avaliadas pelo teste de Kendall. Os percentuais de uso do solo em um raio de 1 km de cada registro de preguiça-comum também foram descritos. Os resultados mostram uma concentração de observações em remanescentes de vegetação nativa, com tendência significativa de aumento nos registros, especialmente após a pandemia da COVID-19. Em média, os registros de preguiça-comum foram compostos por áreas urbanizadas (37%), seguidas por formações florestais (32%) e mosaicos de uso (8%). Isso destaca o papel das áreas verdes urbanas na conservação da biodiversidade e o potencial de plataformas colaborativas, como o iNaturalist, para fornecer dados relevantes sobre a ocorrência de espécies como a preguiça-comum. O estudo evidencia que a ciência cidadã é uma importante ferramenta, podendo ser útil para o monitoramento de espécies quando há o engajamento da população. O crescimento das observações ao longo dos anos ressalta a importância das áreas verdes para a biodiversidade e para a convivência sustentável entre o ambiente urbano e a fauna local.
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