Sementes de Senna alata (L.) Roxb. (Fabaceae) coletadas em uma área de borda apresentam memória de hidratação?

Adson De Brito Pereira; Gilberto Nascimento Silva; Cristianne Santana Santos; Igor Silva da Hora; Marcos Vinicius Meiado

doi:10.14808/sci.plena.2025.061202

Autores

Adson De Brito Pereira Universidade Federal de Sergipe
Gilberto Nascimento Silva Universidade Federal de Sergipe
Cristianne Santana Santos Universidade Federal de Sergipe
Igor Silva da Hora
Marcos Vinicius Meiado Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.14808/sci.plena.2025.061202

Palavras-chave:

ciclos de HD, memória hídrica, Mata Atlântica

Resumo

O processo de embebição pode ocorrer de forma descontínua em ambientes com irregularidade pluviométrica e temperaturas elevadas, ocasionando uma hidratação descontínua. Esta pode resultar em uma memória de hidratação, que proporciona benefícios para germinação e desenvolvimento das plântulas como o aumento da tolerância a estresses ambientais. Este estudo objetiva determinar se a hidratação descontínua nas sementes de Senna alata (L.) Roxb. (Fabaceae) coletadas em uma área de borda apresentam memória de hidratação quando submetidas a um déficit hídrico. As sementes foram coletadas em uma área de Mata Atlântica sob efeito de borda no município de Aracaju, Sergipe. Inicialmente, as curvas de embebição e desidratação foram determinadas e, posteriormente, as sementes foram submetidas a uma hidratação descontínua através de 0 (controle), 1 e 2 ciclos de hidratação e desidratação (HD). Após isso, as sementes foram postas para germinar em soluções de Polietilenoglicol (PEG) 6000 nas concentrações de 0,0; -0,2; -0,4 e -0,6 MPa para simular o déficit hídrico. Os dados foram analisados através do software STATISTICA 13. Sementes de S. alata são tolerantes ao déficit hídrico e os ciclos de HD beneficiaram a passagem pelo estresse, apresentando uma maior porcentagem de germinação, em menor tempo, sendo mais rápidas quando comparadas ao grupo controle. Conclui-se que a S. alata coletadas em uma área sob efeito de borda apresenta memória de hidratação de sementes, sendo assim, uma característica relevante para o estabelecimento da espécie em ambientes no qual o déficit hídrico seja evidenciado.

Biografia do Autor

Adson De Brito Pereira, Universidade Federal de Sergipe

Possui graduação no curso de Ciências Biológicas (Licenciatura Plena) pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Alberto Carvalho (UFS-CAMPUSITA), localizado em Itabaiana, Sergipe. Durante a graduação, desenvolveu trabalhos relacionados à presença de memória em plantas e seus aspectos fisiológicos, sob a orientação do professor Dr. Marcos Vinicius Meiado. Atualmente,é mestrando do Programa de Pós-graduação em Ciências Fisiológicas (PROCFIS).

Gilberto Nascimento Silva, Universidade Federal de Sergipe

Possui graduação em Ciências Biológicas (Licenciatura Plena) pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Alberto Carvalho (UFS-CAMPUSITA), localizado em Itabaiana, Sergipe. Durante a graduação, desenvolveu trabalhos relacionados à presença de memória em plantas e seus aspectos fisiológicos, sob a orientação do Professor Dr. Marcos Vinicius Meiado.

Cristianne Santana Santos, Universidade Federal de Sergipe

Licenciada em Ciências Biológicas na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Mestre e doutora no Programa de Pós-graduação em Ecologia e Conservação (PPEC) na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Estagiária do Laboratório de Fisiologia de Sementes (LAFISE), do Departamento de Biociências (DBCI), onde desenvolve suas pesquisas. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Ecofisiologia Vegetal de Ambientes Semiáridos, atuando principalmente nos seguintes temas: germinação de sementes, Cactaceae, conservação de espécies ameaçadas de extinção, desenvolvimento inicial de plântulas, memória hídrica e tolerância à dessecação de sementes.

Igor Silva da Hora

Possui graduação em Ciências Biológicas - licenciatura, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação (PPEC) e, atualmente, é doutorando em Ecologia e Conservação (PPEC) da mesma instituição. Possui especialização em Metodologia de Ensino de Biologia e Química pela Faculdade Dom Alberto e é professor efetivo da educação básica no Estado da Bahia, além de estagiário do Laboratório de Fisiologia de Sementes (LAFISE), do Departamento de Biociências (DBCI - UFS), onde desenvolveu suas pesquisas de iniciação científica. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Ecofisiologia Vegetal de Ambientes Semiáridos, atuando principalmente nos seguintes temas: conservação ex situ, germinação de sementes, longevidade de sementes, Cactaceae, conservação de espécies ameaçadas de extinção, desenvolvimento inicial de plântulas, alelopatia, efeitos dos estresses abióticos e memória de hidratação de sementes.

Marcos Vinicius Meiado, Universidade Federal de Sergipe

Possui graduação em Ciências Biológicas - Bacharelado pela Universidade Federal de Pernambuco (2005), Mestrado (2008) e Doutorado (2012) em Biologia Vegetal pela mesma instituição. Atualmente é professor do Departamento de Biociências (DBCI), da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Ecofisiologia Vegetal de Ambientes Semiáridos, atuando, principalmente, nos seguintes temas: alelopatia, banco de sementes do solo, Cactaceae, conservação de espécies ameaçadas de extinção, desenvolvimento inicial, germinação, memória de hidratação de sementes e justiça ambiental. Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação (PPEC / UFS São Cristóvão), onde realiza estudos e orienta trabalhos nas linhas de pesquisa "Biodiversidade da Caatinga" e "Restauração de Áreas Degradadas"; bem como do Programa de Pós-Graduação em Ciências Naturais (PPGCN / UFS Itabaiana), orientando na linha de pesquisa "Biodiversidade e Meio Ambiente" e "Ensino de Ciências Naturais".